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Mostrando postagens de agosto, 2020

Autorresponsabilidade

 Autorresponsabilidade Lembra que falei sobre a autodescoberta ser necessária e desafiadora? Pois é, vejo o autoconhecimento assim: um caminho infinito em que se apresentam feras e encantados. E não vejo outra alternativa a não ser caminhar ou perecer. Muita gente chega até mim no início do flerte com esse caminho e eu busco trazer nas aulas as impressões da minha própria caminhada como forma de inspirar a jornada alheia. Além disso, como forma de trocarmos, aprendermos juntos. Pense, dificilmente o ser humano teria sobrevivido na Terra sem cooperar entre si. Resgatar esse traço tem se mostrado vital na atualidade e o vejo conectado ao autoconhecimento no sentido de que só conseguimos nos doar e colaborar efetivamente se já fizemos algo por nós mesmos. Tanto no sentido de conhecer nossas feridas e reverenciar a dor do outro (empatia) quanto de suprir nossas necessidades para ter subsídio para o compartilhar, afinal, só podemos dar aquilo que possuímos.  O que você tem buscado oferecer

(Se) amar é um ato revolucionário

(Se) amar é um ato revolucionário. Desdobrando o que falei anteriormente, o se saber especial me vem muito como essa ideia de amor-próprio, de boa autoestima. E o que é a autoestima senão a confiança de que estamos ocupando nosso lugar no mundo em sintonia com a natureza? Tomando como premissa aqui a palavra natureza em seu sentido mais profundo - externa e interna; e também lembrando que algumas palavras, expressões e conceitos (como ser especial e autoestima, por exemplo) têm seu significado alterado conforme o contexto e muito foram subvertidas em favor de determinados interesses. Aqui, faço um esforço para direcionar essas ideias para um viés construtivo. Somos diversos demais para sermos "pré-fabricados". Aceitar modelos prontos, sem questionar, pode ser uma recusa à beleza da autodescoberta, que, sim, tende a ser atroz na maior parte das vezes, mas que revela nossa autenticidade, nossa expressão clara. É essa diversidade que nos faz tão belos. Todavia, o que vivemos no

Você reconhece sua divindade?

Eu estava conversando com o Lu sobre comportamento e como me faltam referências contemporâneas para meu modo de viver. Falamos sobre como ele tem uma rotina bem estruturada e eu transito pelo caos. Essa conversa se estendeu da conversa que tive ontem com a Thais, na qual explanamos a esse respeito também. Conheço muitas pessoas com rotinas lineares e admiro isso, mas de forma alguma consigo sequer pensar em viver assim. Aliás, rotina é uma palavra que me deixa com os cabelos em pé. Minha psicóloga vem me ajudando ao longo dos anos a ressignificar isso. Prefiro, como ela diz, ritmo. Meu ritmo é como jazz - improvisado, uma manifestação que parte de referências diversas em amálgama e segue incorporando cada vez mais novas notas. Bem a ideia de "canivete suíço" da Rafa Cappai; tem um TED dela sobre isso, acho que de 2016, que foi muito importante para eu me sentir menos E.T., errada. Quando compreendi tudo isso, senti muito alívio e pertencimento. O Lu me questionou (longa con

Não adianta gritar com a pedra

Não adianta gritar com a pedra. Muitas vezes ao longo da vida nos deparamos com obstáculos que nos parecem intransponíveis, grandes demais, não só uma pedra no caminho, mas um monolito. Meu último desafio foi assim. Dei de cara com um monolito e fiquei lá, esperneando, gritando com ele, dizendo que ele não deveria estar ali. O nível de frustração, estresse e tristeza só aumentava. Até que me dei conta - não sem a ajuda de algumas pessoas com as quais dividi essa aflição - de que eu só precisava aceitar a situação. Reconhecer essa pedra foi decisivo para estancar as cabeçadas que eu dava contra ela. Com a diminuição dessa dor, pude retomar um pouco da visão e buscar clareza sobre a situação. Era mesmo um enorme obstáculo? Me perguntava enquanto buscava avaliar suas dimensões. Esse exercício me levou a focar na solução para transpor esse obstáculo ao invés de ficar "dando cabeçadas" e reclamando "das injustiças do universo". Fui, então, tateando, perscrutando, busc