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Mostrando postagens de março, 2008
Com os fones no ouvido e uma mochila nas costas. Tantas pessoas ainda,cheiro de álcool e cigarro. A bota gasta escorregava nas calçadas novas da Paulista. Pensamentos velhos e mofados rodando no maquinário da cabeça. - Se quiser me encontrar após a meia-noite estarei descendo a Consolação, tentando atravessar o farol desesperadamente enquanto ele fica ali, parado. Help Yourself nos ouvidos e pessoas passando. As imperfeições do chão brilham da água da chuva. Eu não lavro o ódio, a decisão é de quem foi. Fisicamente. Espíritos andam ao meu lado na mesma cadência. Assistem à minha solidão soturna .Não há palavras enroladas na língua. A garganta ainda fechada do mês passado. Ou retrasado . Já passa da meia-noite. Tempo, tempo. Música. Poesia. Ela me salva. Distorções de luzes à beira da estrada. O guarda-chuva molhado como as raízes das árvores pelo caminho. Minha tristeza se filtra pela música. Cada vez mais pura, mais exata . Prende com alfinetes as lágrimas que querem se atirar. M