Não adianta gritar com a pedra

Não adianta gritar com a pedra.

Muitas vezes ao longo da vida nos deparamos com obstáculos que nos parecem intransponíveis, grandes demais, não só uma pedra no caminho, mas um monolito.

Meu último desafio foi assim. Dei de cara com um monolito e fiquei lá, esperneando, gritando com ele, dizendo que ele não deveria estar ali. O nível de frustração, estresse e tristeza só aumentava. Até que me dei conta - não sem a ajuda de algumas pessoas com as quais dividi essa aflição - de que eu só precisava aceitar a situação. Reconhecer essa pedra foi decisivo para estancar as cabeçadas que eu dava contra ela. Com a diminuição dessa dor, pude retomar um pouco da visão e buscar clareza sobre a situação. Era mesmo um enorme obstáculo? Me perguntava enquanto buscava avaliar suas dimensões. Esse exercício me levou a focar na solução para transpor esse obstáculo ao invés de ficar "dando cabeçadas" e reclamando "das injustiças do universo". Fui, então, tateando, perscrutando, buscando compreender sua presença. O que essa pedra me contava sobre mim? Quais os tesouros se escondiam por detrás dela? O que eu deveria aprender para dissolver tal matéria bruta? A resposta era elementar e estava bem diante do meu nariz, assim, em formato de pedra mesmo. Ficou confuso? Talvez seja mesmo... Das emoções nada é mais palpável do que o próprio vento, embora ambos possam ser devastadores. A pedra? Coube no meu bolso. Leve como uma nuvem. ;)

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