Autorresponsabilidade

 Autorresponsabilidade

Lembra que falei sobre a autodescoberta ser necessária e desafiadora? Pois é, vejo o autoconhecimento assim: um caminho infinito em que se apresentam feras e encantados. E não vejo outra alternativa a não ser caminhar ou perecer.

Muita gente chega até mim no início do flerte com esse caminho e eu busco trazer nas aulas as impressões da minha própria caminhada como forma de inspirar a jornada alheia. Além disso, como forma de trocarmos, aprendermos juntos. Pense, dificilmente o ser humano teria sobrevivido na Terra sem cooperar entre si.

Resgatar esse traço tem se mostrado vital na atualidade e o vejo conectado ao autoconhecimento no sentido de que só conseguimos nos doar e colaborar efetivamente se já fizemos algo por nós mesmos. Tanto no sentido de conhecer nossas feridas e reverenciar a dor do outro (empatia) quanto de suprir nossas necessidades para ter subsídio para o compartilhar, afinal, só podemos dar aquilo que possuímos. 

O que você tem buscado oferecer ao mundo? Será que não é o caso de oferecer a você também?

O momento em que estamos aponta para uma dualidade mordaz. É muito fácil olhar para fora e apontar o dedo para o que não parece certo. Acredito que o autoconhecimento é fundamental para lidar com essa situação que se apresenta no sentido de somar rumo a algo edificante e não de engrossar o caldo da tormenta.

"Quando vires um homem bom, tenta imitá-lo; quando vires um homem mau, examina-te a ti mesmo." - Confúcio

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Completos e perfeitos nunca seremos para fazer determinadas coisas, essa não é a premissa. Muitas vezes nos vemos diante da oportunidade de fazer algo ao mesmo tempo em que isso vem sendo integrado em nós mesmos. Então, vale realizar a lapidação interna e em paralelo buscar formas de contribuir para um mundo melhor, pois ficar inerte aos acontecimentos, de certa forma, nos torna cúmplices. Como disse Bertolt Brecht, “o que não sabe é um ignorante, mas o que sabe e não diz nada é um criminoso”. 

Autorresponsabilidade: escolhas (ou a ausência delas) têm consequências em nossa vida. Imagine que cada um de nós é uma roda dentada. Basta apenas uma se mover de forma diferente para que toda engrenagem seja afetada.