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Mostrando postagens de outubro, 2021
Parece que faz séculos que caí nesse buraco fundo e escuro. A malinha que carrego não parece ter as ferramentas de que preciso ou... não sei como usá-las. A verdade é que me sinto ecoando uma vida vazia, triste e solitária. Ecoando meus pedidos, minhas dores que se chocam contra a muralha que você construiu e retornam feito bumerangue, me cortando mais. Me sinto em pedaços, fatiada, exposta pingando sangue. Me sinto quase vencida em batalha. Quase. Quando acho que o coração parou de responder, acordo num solavanco, como num susto e retomo um ar que precisa durar mais uma jornada inteira percorrendo as mesmas pedras, transpondo os mesmos obstáculos. Você diz que se defende. É verdade que gente ferida fere. Eu não sei como equalizar, como resolver, parece um grande mistério que só pede que pulemos - ou fiquemos parados, estacados nessa beira de precipício, contemplando aterrorizados os dias que se seguem inexoráveis.