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Mostrando postagens de abril, 2017

Somos miseráveis?

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O argumento de muita gente para não comprar orgânicos é que "são caros" ou "mais caros em relação aos não orgânicos". É fato que o valor entre um e outro é diferente, mas o produto em si também é diferente: um tem veneno, o outro não. Fiquei pensando a respeito desse argumento e cheguei à conclusão de que, se não temos dinheiro para comprar alimentos de qualidade, que não sejam envenenados, então somos miseráveis. Alimento, gente, uma das coisas essenciais na vida de qualquer ser humano. Preciso deixar claro que me refiro nesse texto à classe de pessoas que tem o smartphone do momento, que paga caro pra comer e beber "gourmet". Para essa classe, a questão não me parece ser falta de dinheiro, mas opção: investir o dinheiro em uma rodada de cerveja "top" no fim de semana ok, mas comprar aquela cenoura orgânica não, porque é "mais cara". Compra-se a mais barata, afinal, é tudo cenoura... Não é. Orgânicos vão muito além de se preo

Mais devagar, por favor

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No último fim de semana, assisti aos documentários Minimalism: A Documentary About the Important Things - sobre minimalismo e The True Cost - sobre o impacto gerado pela moda e seu consumo desenfreado. Já havia lido e assistido outras coisas a respeito dos temas e a pergunta que fica sempre é: "preciso mesmo de tudo isso ao meu redor?" Quanto mais coisas queremos, mais dinheiro precisamos para comprá-las, o que quer dizer que precisamos trabalhar atender a essas demandas. Só que o desejo, muitas vezes, tende a ser mais importante do que a conquista em si. Pois, ao conquistar o objeto desejado, logo passamos a desejar outra coisa. Aí você pensa: "ah, para quem topa trabalhar até sangrar para consumir, está tudo certo. Livre arbítrio." Não é bem assim. Nossas escolhas não dizem respeito somente a nós mesmos, mas ao meio ambiente, às pessoas, a tudo que nos rodeia sem limites. Ao fazermos escolhas, precisamos levar em consideração que elas impactam e são impactad