Amanhã, que é daqui a doze minutos, será um novo começo. O ano chega próximo ao fim e posso dizer que teve altos e baixos que dariam vários longa-metragens. Cometi todo tipo de insanidade, pra variar, mas nada de que me arrependa. Bem, tem algumas coisas que você já faz se arrependendo, mas continua mesmo assim. Mas essas não contam, foram consentidas. Sem promessas para 2009. Promessas são o jeito mais fácil e tentador de deixar de cumprir algo. Prefiro mirar em meus desejos. De qualquer forma, não há nada que eu queira que já não esteja em prática. Porque esse negócio de esperar virar o ano é igual esperar segunda-feira pra começar a dieta. O hoje não volta. Vivo ele. Mal, mas vivo. Espero apenas melhorar. O importante é ter consciência, já é um primeiro passo.
A vida se desenrola em acontecimentos inesperados. Esse é o padrão. Tudo aquilo que pode mudar, irá mudar. Porque vida é movimento, como diz meu pai. A vida é essa oscilação constante, de natureza tortuosa, ora caótica, ora tranquila, caminhos ciclicamente intrincados. A morte é linha reta. O maior desafio da vida é a própria vida: tudo não passa de uma apresentação improvisada, sem ensaio, para se aproximar do equilíbrio - esse delicado ponto abstrato pelo qual vivemos e do qual a manutenção é utopia. Quando se pensa estar confortável, a vida vem turbulenta e nos sacode de modo que tudo que voa para o alto cai em lugares e de formas completamente diferentes. Não mais há tempo para memorizar, o tempo todo tudo muda e tudo é novo de novo. E esse eterno desconhecido é a perfeição que alimenta nossa evolução. As contradições ficam por conta do que aprendemos como bom e ruim. Do que entendemos por sucesso, felicidade... O cansaço faz parte e coexiste com a calma, a irritação e a tranquilid...
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