Amanhã, que é daqui a doze minutos, será um novo começo. O ano chega próximo ao fim e posso dizer que teve altos e baixos que dariam vários longa-metragens. Cometi todo tipo de insanidade, pra variar, mas nada de que me arrependa. Bem, tem algumas coisas que você já faz se arrependendo, mas continua mesmo assim. Mas essas não contam, foram consentidas. Sem promessas para 2009. Promessas são o jeito mais fácil e tentador de deixar de cumprir algo. Prefiro mirar em meus desejos. De qualquer forma, não há nada que eu queira que já não esteja em prática. Porque esse negócio de esperar virar o ano é igual esperar segunda-feira pra começar a dieta. O hoje não volta. Vivo ele. Mal, mas vivo. Espero apenas melhorar. O importante é ter consciência, já é um primeiro passo.
A arte de colher pedras preciosas
Às vezes precisamos de pessoas assim, que nos façam sentir a frescura do ar e o perfume das flores. De meninas tão leves e doces que venham com pedrinhas nas mãos - dizendo ser preciosas. De um chocalho, umas penas, alegrias e tendas. De colares, colores, olhares, manjares. Eu vi a luz hoje e me encantei como antes. Eu vi o azul da saia e a vida em avenidas e esquinas. Eu vi hoje a placa na rua que dizia "precisa-se de felicidade". E eu não escolhi o caminho da saudade. Nos pés, os chinelos batidos com pedrinhas brilhantes. Na bolsa, toda esperança querendo saltar pelas bordas. Eu vi o verde e meus olhos sentiram a falta da mãe. Do sal d'água que fica na pele e do sol queimando os cabelos na praia aberta. Sinto falta da saia rodada e dos panos enrolados no corpo. Sinto falta d'água na pele e o refresco d'alma. Veio o verão e já era tarde o pó de gelo abandonou os vidros da janela do quarto. Quero meu copo de gelo, com limão por favor.
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