Estou cansada de jogar nesse tabuleiro escorregadio. No capítulo anterior eu fui Lollius e você Thais. Por que? Por isso? Não há saídas ocultas fora do seu mundo. Não há melhores perfumes que os deitados em sua pele naquele verão. Sob a leve compressão dos lábios carmim que murmuravam promessas dormia teu calor inócuo. E meu corpo foi seu templo, sua clareira, seu túmulo. E no fim eu só lamento você nunca ter usado a blusa. Eu carregava sempre uma blusa na bolsa, caso fizesse frio em nossa vida. Pra te agasalhar, pra te proteger, pra te aquecer. Glorioso amor.
De-sa-ba-fo
Eu tenho uma condição de saúde rara parcialmente identificada que me causa incontáveis problemas de saúde. O fato de eu estar bem, sorrindo alegre e confiante em um dia e em outro péssima, ausente, irritada e deprimida, é um reflexo disso. Essa mudança é brusca para quem vê de fora, para mim é normal. Sempre ouvi: "Nossa, você está sempre doente." "Seu humor muda do nada, o que acontece?" "Você precisa se controlar/ deixar de ser assim/ ter mais fé/ se cuidar/ reclamar menos, não ficar falando sobre essas coisas negativas etc. etc." Eu fiz muita terapia para chegar aqui nessa mensagem e dizer tudo isso. Eu agradeço a quem se preocupa e me contata perguntando como estou, se melhorei, me deseja melhoras. Mas, o fato, é que eu não tenho perspectiva de melhora e confesso que me angustia não ter uma resposta simples ou positiva para dar. E eu cansei de tentar disfarçar meu mal estar, como se nada estivesse acontecendo. Porque cada vez que me perguntam co
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