Sou essa complexa simplicidade...Sou o eclipse que você não viu...A estrela cadente que não caiu... As pessoas me julgam, mas não tentam me conhecer. Eu sou mais que isso que você vê. Meu elo é com a verdade. Não tenho muitos filtros entre o cérebro e a língua, por isso não se espante com tamanha cara-de-pau. É natural... Não quero ser como a Madonna e polemizar, também não sou insana a ponto de perder a noção das coisas. Eu tenho é o peito aberto e passo com a cabeça erguida, pronta para um tapa. Mais pronta para prosseguir após o mesmo. Trago na bolsa toda a coragem de quem se atira sem pára-quedas e espera voar. Se me estabaco no chão, o faço feliz, pois pássaro não sou, mas voar, eu voei!


O limite é o céu e este que eu saiba é infinito... Minha poesia me salva dos meus delírios errantes. Hoje, no tempo que invade meu espaço, sou nua, sou crua. Mas haverá um dia que a vista apreciarei, do topo da montanha. Por hora, subo lento e cadenciado os caminhos de pedra e vou conversando com a paisagem tão bonita ao redor. Sim, eu sou incompreendida. Clichê, eu sei. E quem não é...? Sei que eu me basto e isso é tudo. Me perco, me acho, me odeio, me amo. Sou o paradoxo, a mosquinha na vidraça. Sou a poeira no canto da sala, a maçã que você morde. Sou essa incrível tentação de enlouquecer. Essa vontade de cair. O melhor beijo que você recebeu. O copo sujo no restaurante da esquina. Um azulejo trincado. Essa terna poesia. Sou o entrelaçar de duas mãos e o sal da lágrima. Eu sou o que quiser ser. Sou até você, se você me permitir assim ser.

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