sem saco! não vejo a hora de chegar sexta-feira... frio horroroso...as pontas dos dedos estão dormentes, quase não consigo digitar. cansaço, sono, turbilhão de coisas... Eu e essa minha vontade irresistível de cair. quando atinjo meus objetivos, simplesmente descarto a presa sangrando...desisto, não quero mais...essa doença não me larga...esse mal que parece necessário...esse jogo infindável que traz dor e tensão. É péssimo viver nesse ritmo, não ter estabilidade. Aos de fora é frescura, loucura. Pois que seja assim. Da minha simples complexidade sei eu e isso basta. É como uma amiga disse hoje ( não saberei reproduzir fielmente, direi ao meu modo) quando eu chego lá e percebo que não posso voltar, me desespero. E é isso, um desespero para voltar ao chão, a um lugar seguro que não gire... Mas eu supero. Eu SEMPRE me supero!
A arte de colher pedras preciosas
Às vezes precisamos de pessoas assim, que nos façam sentir a frescura do ar e o perfume das flores. De meninas tão leves e doces que venham com pedrinhas nas mãos - dizendo ser preciosas. De um chocalho, umas penas, alegrias e tendas. De colares, colores, olhares, manjares. Eu vi a luz hoje e me encantei como antes. Eu vi o azul da saia e a vida em avenidas e esquinas. Eu vi hoje a placa na rua que dizia "precisa-se de felicidade". E eu não escolhi o caminho da saudade. Nos pés, os chinelos batidos com pedrinhas brilhantes. Na bolsa, toda esperança querendo saltar pelas bordas. Eu vi o verde e meus olhos sentiram a falta da mãe. Do sal d'água que fica na pele e do sol queimando os cabelos na praia aberta. Sinto falta da saia rodada e dos panos enrolados no corpo. Sinto falta d'água na pele e o refresco d'alma. Veio o verão e já era tarde o pó de gelo abandonou os vidros da janela do quarto. Quero meu copo de gelo, com limão por favor.
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