Na sua loucura, ele viveu e morreu. Na intensidade, na paixão e na agonia. No tesão pela imundície da vida. O poeta sempre é louco. Quem não é (ao menos um pouco) não cria com profundidade. Minhas criações são alimentadas por esse resto de vida. Pela pastosa dor. Pela solidão que jorra da calha de casa e entra pelas frestas da porta. Meus medos eu deixei em conserva - como compota. As dores eu espalho calmamente pela pele, como pomada. Na esperança de que penetrem e sejam dissolvidas pelo organismo. Essa solidão é que me maltrata. Me tranco no quarto todas as noites e me encolho na cama, enquanto ela arranha as paredes do corredor, lá fora... Não há outro meio de extirpar as raízes dessa condição, senão escrevendo. Cuspindo insanidades, ficções e verdades. Continuo, como sempre, com meus monstros grudados à barra da calça, se arrastando enquanto tento chegar a algum lugar. Eu peço, todos os dias, para que esse mal me deixe...
Divagações acerca do consumo e seus impactos
Nos últimos tempos, tenho pesquisado um bocado a respeito da origem de artigos que utilizo em meu dia a dia, seja na vida pessoal ou no trabalho, e os impactos gerados por eles. Quanto mais me informo, mais me choco sobre minha ignorância a respeito de coisas que fazem parte da minha vida. Um exemplo é a produção de fibras têxteis. Pesquisando sobre materiais para utilizar em meu trabalho com fios , descobri que não existe uma fibra melhor que a outra, considerando as de origem animal, sintética e vegetal (sendo que nesse último grupo tem as fibras vegetais naturais, como o algodão, e as artificiais, aquelas que são "fabricadas" com base em uma massa vegetal). Todas elas geram impactos em maior ou menor grau em diferentes pontos de seus processos de produção. Em geral, esses efeitos negativos são relacionados ao uso de produtos tóxicos (que podem emitir poluentes, contaminar o solo, a água e a fauna), altos gastos de energia e água, além de poder gerar problemas de saúde ...
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