Eu saio à francesa, mas deixo a porta sempre aberta - como me ensinou meu pai. Se vou voltar para espiar o passado ou deixar ele entrar, é outra história. Minha beleza cansou...Minha pele desidratou...Voltarei a respirar num ritmo tranqüilo. Meu ritmo. Dispenso o jogo de ultrapassagem e respeito os faróis vermelhos. Aliás, nem atravesso fora da faixa. Meus passos estão de incertos para precisos. Meu tempo já não é mais escasso. E não quero invadir seu "campo vital" nem por um instante. Prometo entrar na ponta dos pés para não abalar sua vida sobre a mesa. Sua dimensão é sua; a minha é a liberdade. As palavras ainda são desconexas para você. Para mim faz todo sentido. A luz também ofusca ainda. Mas já posso ver silhuetas e algumas cores. O papel e a caneta são meus cúmplices, eles sabem mais do que você lê. Eles sentem a pressão que imponho na impressão de meus resquícios. A possível insanidade faz fronteira com meus desejos e deles nasce minha condição. Confusão. Do delírio mais doce, me despojo. Quero o tom certo para os ouvidos e açucar dosado no café. Meus movimentos são frenéticos e fantasiam a realidade. Meus olhos mentem descaradamente para você quando me questiona, na tentativa de evitar a vulnerabilidade tão certa...É o contraste de uma jornada por caminhos errantes. É o velhaco instinto agindo. Imunidade. Medo. Não de viver, mas de viver errado novamente.


Fragmentos das explosões

dos últimos

tempos.



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