16hs e 04min.

Segundo o celular. Escrevo no novo bloco de notas feito com papel reciclado contendo uma mensagem de boas festas no verso. A caneta é da Lou. Curiosos tentam me ler no vagão do metrô e em toda parte. Há uma chuva rala caindo na Augusta com a Paulista e o ar é abafado. Desejo impagável: chegar em casa e tomar um banho daqueles. Cansada. É como venho me sentindo nos últimos meses. Mas as férias chegaram e eu tenho você...

Clau, me perdoa, esse findessemana não vai dar. E ainda tenho uma nota para recuperar. Enquanto não chega a estação, reclamo nesse pedaço de papel. Adoro blocos de papel. Adoro. No mais, não tenho muito a dizer. Minhas impressões estão rasuradas pela fadiga infindável e pela embaçada falta de paciência. De qualquer forma, ao menos o vide-bula me dá respaldo nessas horas em que o desabafo rotineiro se faz essência para a boa convivência nessa sociedade neurótica.

16hs e 34min.
Se a paz é um estado de inércia me encontro nele. Como folha abatida pelo vento, caída na terra. Leveza ao derramar meu corpo em tua cama. Ao teu lado o ar não é denso e a calma é certa. Penso em te ver e a pele já reclama a falta tua. Você me faz muito bem. No ouvido Roberta Sá. Uma voz doce e a cadência do samba. "Carolina! Carolina!", um homem grita do lado de fora do ônibus. Arrebenta a linha do pensamento. Estoura a bolha em gotículas de realidade. Mas onde eu estava mesmo...

Em você. Tudo é tão clichê, mas o clichê é bom. É aquela normalidade - não uma rotina -, mas uma cadência, como o samba. E eu sinto falta da tua respiração de manhã. Nem sei se você sabe, mas aguardo nosso sábado em minha teia insana, porque eu preciso dizer...sem engano.


Dor no corpo. Sono.
te amo

Comentários

Acacia disse…
um espaço novo...

gostei daqui.
um relicário de sensações.

beijos, minha cara!

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