O tempo das coisas me importa. As coisas que tempo traz no vento e que somente atentos podemos absorver.
A vida é esse tempo compreendido entre nascimento e morte: curto demais diante da vastidão e perenidade universal, longo quando pausamos para contemplar.
A vida de uma pessoa, uma pena frágil e resiliente que paira, que passa, leve, fugaz...
O tempo.
O tempo é.
O tempo pode ser o que fazemos dele.
Quem sou eu? Ou melhor, quem posso vir a ser, a todo momento?
Todo o tempo buscando um tempo eterno em cada agora. Penas, bolhas de sabão - belas e efêmeras.
Quem eu sou me define, conserva, petrifica. Quem eu posso ser, a cada instante, é o que me liberta para o movimento contínuo de vida-morte-vida. É a própria vida.
Liberdade para sentir.
Para Julieta (Bruno) Bartchewsky, in memorian.
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