Medo de me apaixonar por tão improvável alguém. Medo de novamente cair tanto tempo após. Mas sabe, o medo alerta a gente. A paixão cega. Como lidar com o que nos apavora? Com o que desnorteia? Como acreditar novamente num pérfido sentimento, que só fez rir da minha cara?

Sartre disse o seguinte: "Todos os homens têm medo. Quem não tem medo não é normal; isso nada tem a ver com a coragem".

Coragem eu sempre tive. Ah sim! O que me paralisa é a possibilidade de andar sobre a mesma ponte movediça. É que já dei tanto minha cara a tapa ... Cansei. Acho que forças não tenho mais. Ou não quero ter. Tenho preguiça, é bem verdade. E não sei se o que quero é o certo. Se é recíproco.

Eu, aquela que se jogava sem rede de proteção, me esquivando de mansinho... Ai, que fase, viu! Amarelando! Putz, será a idade? O peso das responsabilidades? Cansaço, realismo, amadurecimento, putice, caretice?

Queria de volta aquela menina que peitava a vida, que falava grosso quando preciso, que amava! Queria o viver na ponta do olhar, hoje apagado. Que foi de mim, que será adiante? Onde foi que me esqueci...? Que minguei, me perdi...? De qual esquina parti e me virei, corri... Quando foi que morri? Ai de mim, que amei e sofri! Hoje já não amo, não sofro, não sinto queimar meu coração...

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