Ponto de partida: Martins Fontes com o Viaduto 9 de Julho, centro de São Paulo. Subi a Augusta em busca daquilo que namorava há um ano - Cadernos de Literatura Brasileira-Mario Quintana. Um dinheiro que eu nunca tive e que não tenho. Um investimento em palavras que dão forma àquele que me carrega ao sonhos. Àquele que carrego no ombro. Resolvi voltar para casa de ônibus para contemplar a decoração natalina da Avenida Paulista. Materiais reciclados no Conjunto Nacional, praxe. Brilho demais, dourado demais. Bonito e exagerado, como deve ser. Trânsito e o ar abafado que sufocava a garganta e empapava as roupas de suor. Sono e cansaço. Alívio. Confusão. Vidrar São Paulo nas lentes do óculos toda santa manhã por ruas cinzentas e recheadas de pessoas apressadas. Andar sobre o recorte entre a Xavier de Toledo e a Ladeira da Memória desviando das estacas que sangram a calçada e esticam fios para os ônibus elétricos. Dar bom dia ao vigia da biblioteca Mario de Andrade e respirar fundo o ar poluído no passeio entre as árvores como se fosse o mais puro e revigorante. Andava perdida e maravilhada. Simplesmente andava. E sorria solitária num mundo particular.

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