Eu pensei que poderia, mas não. Iria me lamentar depois por ter sido tão triste quando jovem. Iria me condenar. Eu quero, mas não posso. Deixando isso de lado, preciso somar aqui palavras que expressem meus últimos momentos como ser humano não pensante, como também atuante. Mostrar meu res non verba. Finalmente, como um soco inesperado que surge, saltei do ninho em que me encontrava e pus-me nessa vida ao desvario constante de quem fica à beira do precipício e inclina a cabeca para tentar ver o seu fim. Saltito de um lado para outro sem amarras ou receios. Corro e paraliso como que compassadamente num descompasso certeiro. Me arremesso de costas e sei que ali embaixo haverá alguém de me amparar. Mesmo que seja me próprio eu.

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