Nada do que digo ou faço pode tornar essa sensação menos insuportável. Mas eu ainda posso viver, não é? Não importa quantas coisas me sejam tiradas, arrancadas à flor da vida, eu ainda posso viver. Ainda assim tenho minha presença neste mundo. E se me arrancassem a única coisa que me resta – parca atualmente, confesso – pelo menos eu teria deixado minhas pegadas por algum lugar onde pessoas hão de passar. Fico aqui, calada, trancada nesse estado de letargia. As pessoas não entendem, acham ser besteira, corpo-mole. A verdade é que sou uma criatura da noite e se em quase vinte e sete anos não mudei, não será agora que vou mudar. Queria um veneno antimonotonia, uma cura, um socorro. Mas acho que só eu posso me proporcionar isso. Só não sei como...
Divagações acerca do consumo e seus impactos
Nos últimos tempos, tenho pesquisado um bocado a respeito da origem de artigos que utilizo em meu dia a dia, seja na vida pessoal ou no trabalho, e os impactos gerados por eles. Quanto mais me informo, mais me choco sobre minha ignorância a respeito de coisas que fazem parte da minha vida. Um exemplo é a produção de fibras têxteis. Pesquisando sobre materiais para utilizar em meu trabalho com fios , descobri que não existe uma fibra melhor que a outra, considerando as de origem animal, sintética e vegetal (sendo que nesse último grupo tem as fibras vegetais naturais, como o algodão, e as artificiais, aquelas que são "fabricadas" com base em uma massa vegetal). Todas elas geram impactos em maior ou menor grau em diferentes pontos de seus processos de produção. Em geral, esses efeitos negativos são relacionados ao uso de produtos tóxicos (que podem emitir poluentes, contaminar o solo, a água e a fauna), altos gastos de energia e água, além de poder gerar problemas de saúde ...
Comentários