Mantenho o rosto voltado para o lado, para o cinza do muro. Falta coragem para encarar o restante da jornada. Fico tensa ao sentir qualquer presença discreta que abala meu mundo durante o sofrer. Desaba uma lágrima roliça e se estira pelo branco do rosto.
Quando foi que se perdeu? Onde foi que me deixou? Para onde partiu a minha boa emoção?
Um mar revolto salga o peito. Ventos cortam os lábios trêmulos e algo mais molesta a mente cansada. Talvez fosse perecível e preferi não acreditar. Ou quem sabe eu houvesse estragado tudo, para variar. Mas eu prometo, dessa vez não há o que rememorar. Não há o que apagar.
Divagações acerca do consumo e seus impactos
Nos últimos tempos, tenho pesquisado um bocado a respeito da origem de artigos que utilizo em meu dia a dia, seja na vida pessoal ou no trabalho, e os impactos gerados por eles. Quanto mais me informo, mais me choco sobre minha ignorância a respeito de coisas que fazem parte da minha vida. Um exemplo é a produção de fibras têxteis. Pesquisando sobre materiais para utilizar em meu trabalho com fios , descobri que não existe uma fibra melhor que a outra, considerando as de origem animal, sintética e vegetal (sendo que nesse último grupo tem as fibras vegetais naturais, como o algodão, e as artificiais, aquelas que são "fabricadas" com base em uma massa vegetal). Todas elas geram impactos em maior ou menor grau em diferentes pontos de seus processos de produção. Em geral, esses efeitos negativos são relacionados ao uso de produtos tóxicos (que podem emitir poluentes, contaminar o solo, a água e a fauna), altos gastos de energia e água, além de poder gerar problemas de saúde ...
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