Mantenho o rosto voltado para o lado, para o cinza do muro. Falta coragem para encarar o restante da jornada. Fico tensa ao sentir qualquer presença discreta que abala meu mundo durante o sofrer. Desaba uma lágrima roliça e se estira pelo branco do rosto.
Quando foi que se perdeu? Onde foi que me deixou? Para onde partiu a minha boa emoção?
Um mar revolto salga o peito. Ventos cortam os lábios trêmulos e algo mais molesta a mente cansada. Talvez fosse perecível e preferi não acreditar. Ou quem sabe eu houvesse estragado tudo, para variar. Mas eu prometo, dessa vez não há o que rememorar. Não há o que apagar.

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