É difícil saber quando é real e quando simplesmente se adormece num estado etéreo e pérfido. Dói pensar a respeito. Faz com que levantemos todo tipo de insanidade e a cabeça fica cheia de besteiras inúteis que só fazem sofrer ainda mais. Ficar inerte também não parece ser a melhor opção, mas, de certo, é a mais recomendada. É como morte lenta, daquelas em que o moribundo se contorce e geme mergulhado em sua agonia. Estou cansada de questionar essas desventurosas situações. Cansada demais para qualquer pergunta e então prefiro a letargia. Na verdade não é uma escolha, mas sim um estado em que me deixo ficar facilmente, como que para poupar os resquícios de força que [oxalá] me sobram. Quando passa, tudo toma início novamente.
De-sa-ba-fo
Eu tenho uma condição de saúde rara parcialmente identificada que me causa incontáveis problemas de saúde. O fato de eu estar bem, sorrindo alegre e confiante em um dia e em outro péssima, ausente, irritada e deprimida, é um reflexo disso. Essa mudança é brusca para quem vê de fora, para mim é normal. Sempre ouvi: "Nossa, você está sempre doente." "Seu humor muda do nada, o que acontece?" "Você precisa se controlar/ deixar de ser assim/ ter mais fé/ se cuidar/ reclamar menos, não ficar falando sobre essas coisas negativas etc. etc." Eu fiz muita terapia para chegar aqui nessa mensagem e dizer tudo isso. Eu agradeço a quem se preocupa e me contata perguntando como estou, se melhorei, me deseja melhoras. Mas, o fato, é que eu não tenho perspectiva de melhora e confesso que me angustia não ter uma resposta simples ou positiva para dar. E eu cansei de tentar disfarçar meu mal estar, como se nada estivesse acontecendo. Porque cada vez que me perguntam co
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