Se eu pudesse inclinar minha cabeça para o alto, de modo que a boca pendesse aberta, tudo sairia num vômito incontido para o céu como a inundar o universo. Todas as coisas, pessoas, lembranças, idéias e sentimentos, tudo que aqui reside, e deve ser lançado ao vento para não mais perturbar. Tudo que corrói por dentro e faz delirar febril durante os sonhos inquietos. A canção da manhã já soa como um réquiem à minha danação. Ao cair da noite o sol me abandona ao gélido e pálido desespero e à angústia de aguardar seu morno retorno. As estrelas já não me fazem companhia como outrora... Ouço Piaf num ritmo socado, sem parar "Padam, Padam, Padam..." enlouquecendo de agonia. As mãos torcem dentro dos bolsos, apertam, espremem, esticam para cima e um suspiro escapa dorido do peito.
Divagações acerca do consumo e seus impactos
Nos últimos tempos, tenho pesquisado um bocado a respeito da origem de artigos que utilizo em meu dia a dia, seja na vida pessoal ou no trabalho, e os impactos gerados por eles. Quanto mais me informo, mais me choco sobre minha ignorância a respeito de coisas que fazem parte da minha vida. Um exemplo é a produção de fibras têxteis. Pesquisando sobre materiais para utilizar em meu trabalho com fios , descobri que não existe uma fibra melhor que a outra, considerando as de origem animal, sintética e vegetal (sendo que nesse último grupo tem as fibras vegetais naturais, como o algodão, e as artificiais, aquelas que são "fabricadas" com base em uma massa vegetal). Todas elas geram impactos em maior ou menor grau em diferentes pontos de seus processos de produção. Em geral, esses efeitos negativos são relacionados ao uso de produtos tóxicos (que podem emitir poluentes, contaminar o solo, a água e a fauna), altos gastos de energia e água, além de poder gerar problemas de saúde ...
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