Hoje foi o absurdo. O ápice do horror. Dor escorrendo pelos olhos, o peito oprimido, quase enlatado. Desespero, angústia, solidão, pavor, pânico. Procurei ajuda. Dei satisfações a quem devia e espero que não tenha destruído o que demorei tanto para conseguir. Tive medo. Muito medo. E ainda o tenho. Mas procuro enfrentar, pela minha própria sobrevivência nesse mundo (que para mim é) cão. Dei uma voadora no meu próprio castelinho de areia. Acho que só alguém muito perturbado faria isso. Só que todos creditam as atitudes a uma pessoa irresponsável, preguiçosa e fraca. Ninguém acredita. Porque ninguém está aqui dentro. Onde o barulho é insano dia e noite, onde o mar nunca acalma e só o que ilumina em meio à tempestade são relâmpagos que precedem trovões. A coisa não é de hoje. Ela veio a vida inteira e agora tinha que desembocar n'algum lugar. Tinha que sair. Como um vulcão em erupção. Eu pedi a Deus pra me ajudar e me acalmar, porque senão cometeria mais loucuras. Vou respirando bem devagarzinho pra não abalar a calma que tenta se aproximar. Ignoro as sombras pérfidas que se arrastam atrás de mim. Em algum momento elas irão embora! Só ainda estou perdida, com gosto amargo de remédio na garganta, procurando me salvar por meio dessas letras escassas, que ajudam a desabafar.

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