Termo esse do qual me utilizo para me "classificar". Isso em resposta a perguntas as quais não quero responder, simplesmente porque não tenho resposta. E não pretendo ter. As coisas são. Eu caminhava hoje entre as árvores da praça Pedro Álvares Cabral, havia acabado de sair da Assembléia Legislativa, e só caminhava. Não havia nada além disso, nenhum código, nenhum signo. Nada. Por que as pessoas acham que tudo deve ter sentido? Por que eu tenho que saber, e não suficiente saber, devo anunciar meus planos quando questionada? Meu plano é só meu. Não lhe interessa! Não lhe interessa se faz sentido, se é coerente. Eu não quero ser coerente, eu não quero nada! Eu apenas ando, porque preciso chegar a algum lugar. Eu não sou jornalista, não sou humana, não sou nada. Minha condição é só minha, inclassificável! E não me interessam os rótulos e motivos e papos éticos que nunca terão resolução. Porque eu sei que existe um fim que não é o fim e eu só estou aqui para atingi-lo. Nada disso importa, é tudo surreal, banal, inútil!
Um caos! Como na peça de Beckett, em que Abujamra diz que o ser humano estragou tudo com sua estupidez, os jornalistas, os políticos estragaram tudo com sua estupidez, todos estragaram tudo com sua estupidez! E o caos é o nosso mundo mental, é consequência do nosso mundo mental. Deixemos que ele entre, pois, e absorvamos todo ele. Nosso produto, nosso lixo. Plasticamente parece até bonito. Na realidade é tão pérfido que enoja. Tão padronizadinho esse mundinho. Essa é a palavra sobre a qual eu transito: inclassificável.

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