Sono. Cansaço. Saudades. Duranga, sem $$$. Feliz. Coragem. Desafio. Adoro. É como se eu estivesse numa redoma...o mundo corre lá fora e eu no meu mundinho, com minhas alegrias e aflições. Sinto como se estivesse numa realidade paralela. Tudo acontece comigo e com o mundo separadamente. Eu nem assisto. Não tenho tempo. Mal acordo, a carne sofre o baque do vento gelado da manhã. Chego. O coração mole de tanto amar. Amar as árvores, o sol, o asfalto...pro sofrimento eu pedi um tempo, tava me enchendo o saco. Odeio que me encham o saco! Os desamores esqueci...saí andando sem olhar para trás. A estrada é longa e eu tenho que correr. Há uma curva em algum lugar e não dá tempo de explicar. O tempo passa o tempo todo. Os pés estão sempre um à frente do outro. Quando param, mal dá tempo de conversar. Parece bom, mas sempre falta algo...eu sei o que falta. Ah, você nem precisa saber. Não é da sua conta.
A arte de colher pedras preciosas
Às vezes precisamos de pessoas assim, que nos façam sentir a frescura do ar e o perfume das flores. De meninas tão leves e doces que venham com pedrinhas nas mãos - dizendo ser preciosas. De um chocalho, umas penas, alegrias e tendas. De colares, colores, olhares, manjares. Eu vi a luz hoje e me encantei como antes. Eu vi o azul da saia e a vida em avenidas e esquinas. Eu vi hoje a placa na rua que dizia "precisa-se de felicidade". E eu não escolhi o caminho da saudade. Nos pés, os chinelos batidos com pedrinhas brilhantes. Na bolsa, toda esperança querendo saltar pelas bordas. Eu vi o verde e meus olhos sentiram a falta da mãe. Do sal d'água que fica na pele e do sol queimando os cabelos na praia aberta. Sinto falta da saia rodada e dos panos enrolados no corpo. Sinto falta d'água na pele e o refresco d'alma. Veio o verão e já era tarde o pó de gelo abandonou os vidros da janela do quarto. Quero meu copo de gelo, com limão por favor.
Comentários